Foto aérea da Toca da Raposa II tirada em 2013 (Foto: Cruzeiro/divulgação/2013)

 

Um dos melhores centros de treinamentos do Brasil, a Toca da Raposa II completa 20 anos nesta quarta-feira (9) e busca não ficar para trás. Se não tinha concorrentes quando da inauguração, em 9 de março de 2002, hoje já foi superada por outras instalações, até pela penúria financeira que o clube atravessa há alguns anos.





Por dentro do CT
  • 83 mil metros quadrados
  • 4,2 mil de área construída
  • 4 campos
  • hotel com 26 apartamentos



Contando com área total de 83 mil metros quadrados, sendo 4,2 mil de edificações, o CT celeste dispõe de quatro campos de treinamentos de tamanho oficial, vestiários, piscina térmica coberta, quadra poliesportiva e espaços que abrigam os departamentos de nutrição e médico, composto por consultórios de clínica geral, ortopedia, odontologia, fisioterapia e fisiologia. Tem ainda hotel com 26 apartamentos, restaurante, salão de jogos, sala de cinema/auditório, sala de imprensa e escritórios istrativos.

Ainda há espaço para a construção de mais instalações e necessidade de término de obras em alguns prédios. Mas o desafio maior parece ser mesmo a modernização, como itiu Ronaldo Nazário quando visitou o local pela primeira vez, após intenção de compra de 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

Ronaldo planeja melhorias na Toca da Raposa II, mas vê outras prioridades no clube neste momento (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)



"A área é muito boa, mas a infraestrutura já está bem antiga. Poucas obras foram feitas (nos últimos anos). A gente vai melhorar. A gente tem de faturar primeiro para depois ir melhorando aos poucos. Mas estava bem abandonadinha", disse o agora empresário, há cerca de um mês. "Tem muita coisa lá pra melhorar. Tem a parte da academia, da musculação, vestiário, tem muita coisa para mudar", declarou.




Ainda que não seja de ponta, o local oferece todas as condições para desenvolver as atividades no dia a dia.

técnico Paulo Pezzolano contou à reportagem que chegou à Toca II e teve uma certa impressão de abandono. Mas, graças à nova gestão e aos funcionários, já sente o centro de treinamento com boas energias.

"A Toca da Raposa II é muito boa, tem o que se necessita para trabalhar. Quando chegamos, encontramos um clube em repouso, tudo muito largado. Hoje está tomando mais vida, está todo mundo muito alinhado. Isso é o mais importante. Você pode ter um complexo muito bom, mas se não tem vida, se não tem gente que faça com que tudo que se a aqui dentro tenha esse fogo que necessitamos para seguir crescendo, não tem jeito. E esse fogo está pegando. Todos que veem algo ruim tentam melhorar. Isso é bom, pois reflete dentro de campo", afirmou o uruguaio, com a experiência de quem foi jogador de Athletico-PR, Mallorca-ESP, Hangzhou Greentown-CHI e Necaxa-MEX e treinador do Pachuca-MEX.

Técnico Paulo Pezzolano sentiu Toca 'largada' ao chegar, mas hoje vê pequenas melhoras a partir da postura proativa dos funcionários (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)


Mudanças 4r2y5k


As últimas obras realizadas na Toca II foram as trocas dos gramados, há dois anos. Já no início de 2018, quando a diretoria comandada por Wagner Pires de Sá assumiu, foram adquiridos mais equipamentos para a academia.



Quatro anos depois, eles já começam a apresentar desgaste. Uma nova ala para setores como a preparação física chegou a ser erguida, mas a obra foi paralisada ainda na alvenaria.

A intenção é investir com critério. E mudar o que for possível de imediato. "A gente já começou a fazer algumas mudanças na área de infraestrutura. Por exemplo, no refeitório havia várias divisões, local para diretoria, para atletas, para treinador e comissão técnica, funcionários, enfim... uma das primeiras coisas que a gente fez foi tirar isso. Fizemos um refeitório aberto para todos, pois ninguém é melhor do que ninguém. Cada um tem o seu trabalho, todos têm o mesmo direito. Foi uma das primeiras coisas que a gente fez", explicou Ronaldo.