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Atlético: conselho aprova balanço de 2022 com aumento da dívida j1h34

Reunião na sede do Galo, no bairro Lourdes, em Belo Horizonte, teve apenas uma abstenção entre os conselheiros presentes 5r4a3i

27/04/2023 20:45 / atualizado em 27/04/2023 21:39
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Sede istrativa do Atlético, em Lourdes
foto: Bruno Cantini/Atlético

Sede istrativa do Atlético, em Lourdes 6637p

Com um aumento na dívida de 19% em relação a 2021, o Conselho Deliberativo do Atlético aprovou na noite desta quinta-feira (27/4) o balanço financeiro do clube referente a 2022. Entre os conselheiros presentes na reunião, na sede do Galo, em Lourdes, 133 aprovaram as contas. Houve apenas uma abstenção. Como antecipou o Superesportes nesta semana, o endividamento líquido do clube é de R$ 1,571 bilhão. No ano anterior, era de R$ 1,312 bilhão - crescimento de R$ 259 milhões em dívidas.
 
 

A dívida bruta do Atlético se divide da seguinte maneira:
  • Operações de crédito: R$ 796 milhões (47%);
  • Empréstimos dos apoiadores, investimentos em atletas, fornecedores e outros: R$ 596 milhões (35%)
  • Programas de refinanciamento e dívidas fiscais: R$ 300 milhões (18%)

Aumento da dívida 39341q


Conforme o balanço apresentado pelo Atlético, o aumento da dívida em R$ 259 milhões de 2021 para 2022 teve como principal motivo a aquisição de atletas (R$ 112 milhões), seguido dos juros (R$ 104 milhões) e provisões de contingência (R$ 29 milhões). O clube ainda teve gastos de R$ 14 milhões não detalhados.

No balanço, o Atlético não incluiu o valor de um empréstimo para concluir as obras na Arena MRV, o que elevaria a dívida do clube para pouco mais de R$ 2 bilhões. Esse ivo, no valor de R$ 440 milhões, entrará no demonstrativo contábil do estádio, a ser publicado separadamente. 

De acordo com o Atlético, o recurso para quitar esse empréstimo já está garantido. O dinheiro será proveniente da venda de cadeiras cativas e camarotes do estádio. 

Dívida com mecenas e bancos 31112j


Atlético deve ao empresário Rubens Menin, principal mecenas do clube. aproximadamente R$ 270 milhões. O dono da MRV Engenharia, do Banco Inter e outros empreendimentos investiu esse valor em contratações para o clube entre o início de 2020 e fevereiro de 2021. A informação foi divulgada na última quarta-feira (26/4), na sede do Atlético, pelo CEO Bruno Muzzi e o diretor Paulo Braz. 

Além disso, o empresário foi avalista de empréstimos do Atlético com bancos. No ano ado, o alvinegro recorreu a diversas instituições financeiras para manter as contas do futebol em dia. De acordo com o clube, as taxas vencem até o fim deste ano, quando acaba a gestão do presidente Sérgio Coelho, com juros médios de 18% ao ano.

Em seu demonstrativo, o Galo informou um ivo de R$ 843,4 milhões com empréstimos e financiamentos - R$ 575,4 milhões com vencimento em curto prazo (circulante) e R$ 268 milhões em longo prazo (não circulante).

Dos R$ 843,4 milhões de dívidas, R$ 654 milhões são com instituições financeiras. O Banco Inter, controlado pela família de Rubens e Rafael Menin, tem R$ 59,3 milhões a receber do Galo. O Bmg, de Ricardo Guimarães, detém crédito de R$ 89,1 milhões.

Há ainda pendência de R$ 8,9 milhões com o Polo Clubes Fundo de Investimentos Creditórios, que consiste na antecipação de cotas de transmissão da TV Globo.

Os outros bancos com os quais o Galo precisa se acertar são ABC, Daycoval, Genial, Indusval, Btg Pactual, Pine e XP. Recentemente, o clube zerou um empréstimo no Mercantil do Brasil.

Receitas do Atlético 56455q


O Atlético teve R$ 429 milhões em receitas brutas, R$ 72 milhões a menos do que em 2021. Essa variação negativa se deve pela baixa nas premiações esportivas, bem menores com o desempenho do time. Já a receita líquida foi de R$ 375 milhões. Ainda assim, a premiação e os direitos de transmissão foram as principais fontes de receita do clube no ano ado, com R$ 155 milhões arrecadados.
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