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40 ANOS DA LIBERTADORES'76 dz69

Tristeza que trouxe fora: a morte trgica de Roberto Batata transformou o Cruzeiro em 1976 61p6j

Ex-atacante sofreu acidente de carro fatal aps vitria do clube em jogo no Peru 2p3p5j

postado em 30/07/2016 08:06 / atualizado em 17/12/2020 02:51

(Foto: Arquivo/Estado de Minas )
Primeira grande conquista do Cruzeiro em mbito internacional, a Copa Libertadores de 1976 registrou um episdio trgico antes de seu fim. Aps a goleada por 4 a 0 sobre o Alianza, no Peru, os jogadores celestes precisaram lidar com a morte do ex-atacante Roberto Batata e a ausncia de um companheiro to querido em meio disputa da competio. Ele viajava de carro pela rodovia Ferno Dias, para visitar a famlia em Trs Coraes. No quilmetro 182, sofreu um acidente fatal, aos 27 anos.

“Pedi ao Dirceu e ao Nelinho para no deixarem ele pegar o carro, mas ele foi, pegou o carro e teve o acidente fatal. Isso machucou todos ns. Eu dava muita fora pra ele, que era cotado para jogar na Seleo. Todos ns ficamos sensibilizados”, relembra Jairzinho, um dos jogadores mais prximos de Batata naquele elenco celeste.

Embora pesaroso, o grupo do Cruzeiro conseguiu transformar o sentimento de tristeza em fora para seguir bem na Libertadores e alcanar o trofu. “amos por esse momento, de tristeza profunda. Aquilo abalou muito, todos ficamos chocados, mas tambm nos fortaleceu muito”, disse Palhinha, artilheiro da competio em 1976.

"Ns tivemos uma perda muito grande. No que por ele ter morrido que fortaleceu. Mas a morte dele no prejudicou. A gente ficou mais fortalecido. Pensamos que a partir daquele momento ns iramos jogar com 12 em campo. Jogamos com 12 jogadores no pensamento e tudo e foi legal porque ganhamos. A gente sentiu muito, mas reagimos e conquistamos. E o batata campeo da libertadores", reforou o capito Raul Plassmann.

A morte de Batata comoveu no s seus colegas de grupo, mas os torcedores, que lotaram o cortejo fnebre do atleta (foto acima). Na partida seguinte do Cruzeiro no torneio internacional, contra o Alianza Lima, do Peru, no Mineiro, foram prestadas homenagens ao atacante. O pistonista da banda da Polcia Militar tocou “Silncio”. E os companheiros estenderam ao lado do campo uma camisa com o nmero 7, tradicionalmente utilizada pelo jogador. “Foram homenagens justssimas. Ele merecia muito mais, inclusive”, ressalta Palhinha.

Para completar, o Cruzeiro venceu a partida por 7 a 1, com quatro gols de Jairzinho e trs de Palhinha. A referncia camisa de Batata no placar acabou sendo a maior homenagem do time ao ex-companheiro. Depois daquele jogo, o Cruzeiro ou por LDU do Equador e o River Plate, da Argentina, conquistando pela primeira vez na histria celeste o ttulo da Copa Libertadores.

“O Roberto Batata era nosso parceiro, um menino do bem, muito alegre. Todo mundo gostava dele, era um cara carismtico. Ele era tudo de bom e a forma como aconteceu nos abalou bastante. O que aconteceu foi ruim demais, precisvamos dele”, lamentou Joozinho.

Roberto Batata marcou 111 gols com a camisa do Cruzeiro e o 11 maior artilheiro da histria do clube.

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