“Não vou mentir. Nunca tive tanta decepção quanto no fim do meu mandato. Vou, inclusive, dar um exemplo de coisas que me chocaram pela pessoa que sou. Os senhores viram perfeitamente que teve de tudo, inclusive um flagrante no candidato que estávamos apoiando que gerou a prisão dele. Alegaram que ele estava dirigindo sob efeito de bebida alcoólica. Ele se defendeu, isso foi matéria policial, foi detido no Detran e até hoje se defende. Diz que foi feita uma armadilha. Afirmam que um vereador de Belo Horizonte armou”, disse.
“Disse que era um absurdo e fiquei chocado. Mas fiquei muito mais chocado com o que aconteceu sábado agora. Esse presidente que foi eleito (em um vídeo) sentado num restaurante na Savassi confraternizando com esse vereador que ele acusou de ter armado aquilo pra ele. Os dois rindo, batendo taça de cerveja e me disseram, inclusive, que ele conseguiu colocar esse vereador na chapa dele para o conselho. Essas coisas chocam a gente. Sou de uma época que gente de bem não aceitava isso. Essas coisas me chocaram profundamente. Tanto que fui obrigado a me afastar daquele que eu apoiei na eleição para presidente”, complementou Gilvan.
Na entrevista que concedeu na Toca da Raposa II, Gilvan foi acompanhado pelos troféus que venceu como presidente do Cruzeiro. Estavam na bancada da sala de imprensa do CT as taças dos Brasileiros de 2013 e 2014, da Copa do Brasil de 2017, além dos canecos conquistados nas divisões de base: o Brasileirão e a Supercopa da equipe Sub-20. Em dado momento, ele apontou para os troféus e perguntou: "Qual clube no Brasil, com investimento menor, conseguiu todos esses títulos">Em busca de premiação maior e com 'rival na torcida', Cruzeiro enfrenta o Botafogo