
Antes do Grmio, o Cruzeiro ou por Desportiva Ferroviria-ES (primeira fase), Nutico (oitavas de final), So Paulo (quartas de final) e Vasco (semifinal). O Superesportes detalha como foi a vida do Cruzeiro em cada etapa da Copa do Brasil de 1993. Confira!
O Cruzeiro estreou naquela Copa do Brasil enfrentando a Desportiva Ferroviria-ES, em Cariacica. A Raposa voltou para Belo Horizonte com o empate por 1 a 1 na conta. Na semana seguinte, no Mineiro, o clube celeste goleou os capixabas por 5 a 0 no jogo da volta, com dois gols de Cleisson, dois de Nivaldo e um de der Aleixo.
Oitavas de final
O adversrio do Cruzeiro nas oitavas de final foi o Nutico. O jogo de ida foi nos Aflitos, no Recife. Alm dos 11 rivais dentro de campo, o clube celeste tambm tinha o gramado como adversrio. E o time pernambucano levou a melhor por 1 a 0, gol de Paulo Leme. Na semana seguinte, a Raposa decidiu a classificao em menos de 30 minutos no Mineiro. Nivaldo e Nonato, aos 22’ e 26’ da primeira etapa, garantiram a vaga mineira.
Quartas de final
O So Paulo cruzou o caminho do Cruzeiro nas quartas de final. Diferentemente das fases anteriores, o time celeste venceu a partida de ida, fora de casa. No Morumbi, o Tricolor comeou abrindo o placar ainda no primeiro tempo, gol de Cludio Moura. Mas na etapa complementar, Toto e Marco Antnio Boiadeiro colocaram o clube mineiro em vantagem no jogo de ida.
Na partida de volta, mais de 36 mil torcedores compareceram ao Mineiro e viram um jogo duro. O Cruzeiro comeou abrindo o placar com Cleisson, ainda na primeira etapa. Na segunda, Elivlton igualou para o So Paulo. Nove minutos depois, Cleisson, mais uma vez, balanou as redes para o clube celeste. Douglas marcou para o Tricolor em seguida, mas a Raposa acabou carimbando o aporte para a semifinal com o empate por 2 a 2.
Semifinal
Desta vez, o Cruzeiro comearia a decidir a semifinal no Mineiro. Do outro lado do campo estava o Vasco. A Raposa no tomou conhecimento do adversrio e partiu para cima, abrindo o placar logo aos 22’ com Luiz Fernando Flores (atual auxiliar tcnico do Amrica). Seis minutos depois, Frana empatou para o cruz-maltino, mas os dois gols de Edenlson inflamaram o Mineiro e deram a confiana necessria ao time celeste para a partida de volta, no Maracan.
No Rio de Janeiro, o Vasco, com Valdir Bigode, abriu o placar logo aos oito minutos. No segundo tempo, o Cruzeiro conseguiu segurar o mpeto do rival e empatou com gol de falta marcado por Paulo Roberto Costa. O lateral-direito teve a chance virar a partida, mas acabou desperdiando um pnalti no fim do jogo. Nada que alterasse a situao do time celeste, que disputaria a final com o Grmio.
Final
O Grmio chegava forte para a grande deciso, com Dener e o artilheiro Gilson. O Cruzeiro, por sua vez, contava com a habilidade de Boiadeiro e a genialidade de Roberto Gacho.
A partida de ida foi no Estdio Olmpico, em Porto Alegre. Apesar da forte chuva que deixou o gramado encharcado, o Cruzeiro levava mais lances de perigo. Mas o principal lance foi construdo pelo Grmio, que quase abriu o placar com Dener. O meia perdeu uma chance incrvel depois de entrar na pequena rea e finalizar para fora. A partida terminou com o placar inalterado. O ttulo da Copa do Brasil de 1993 seria decidido no Mineiro.
s 21h45 daquele 3 de junho de 1993, a bola rolou para Cruzeiro e Grmio no Gigante da Pampulha. Mais de 70 mil torcedores compareceram ao Mineiro e viram Roberto Gacho abrir o placar depois de um chute de fora da rea, aos 11’ do primeiro tempo, em um franasso do goleiro Eduardo: 1 a 0. Depois do gol celeste, o Grmio foi para cima e conseguiu o empate com Pingo, aos 25’. 1 a 1. Mas aos 20 segundos da etapa final, Cleisson subiu mais que os marcadores na rea depois de cobrana de escanteio, e fez 2 a 1. Cruzeiro campeo da Copa do Brasil.
O artilheiro celeste nesse torneio foi Cleison, com seis gols.
O artilheiro celeste nesse torneio foi Cleison, com seis gols.
FICHA DA FINAL
CRUZEIRO 2 x 1 GRMIO
Cruzeiro
Paulo Csar; Paulo Roberto, Robson, Clio Lcio e Nonato; Ademir, Rogrio Lage, der e Edenilson Pateta; Cleison e Roberto Gacho
Tcnico: Pinheiro
Grmio
Eduardo He; Jackson, Paulo, Luciano e Dida (Charles, aos 14’ do 1T); Pingo, Jamir (Fabinho. aos 25’ do 2T), Juninho e Dener; Gilson e Carlos Miguel
Tcnico: Srgio Cosme
Gols: Roberto Gacho, aos 11’ do 1T, e Cleison, aos 0’ do 2T (Cruzeiro); Pingo, aos 25’ do 1T (Grmio)
Cartes amarelos: Cleisson, Ademir e Roberto Gacho (Cruzeiro); Dener, Jamir, Charles, Fabinho e Jackson (Grmio)
Pblico pagante: 70.723
Renda: Cr$ 11.023.125.000
Motivo: Partida de volta da final da Copa do Brasil
Local: Mineiro, em Belo Horizonte
Data e hora: quinta-feira, 3 de junho de 1993
rbitro: Renato Marsiglia (RS)
Assistentes: Daniel Fernandes (SP) e Edie M. Detofoli (SP)
O que dizem os protagonistas do ttulo?
Os ex-atacantes Cleisson e Roberto Gacho relembraram a data ainda nesse sbado. Por meio das redes sociais, os autores dos gols do ttulo celebraram a primeira conquista do Cruzeiro na Copa do Brasil.
“Al, nao azul. Tudo bem? Aqui Cleisson, o Pantera! Neste domingo completam 25 anos da conquista da Copa do Brasil de 1993. Que emoo, hein? Graas a Deus fizemos histria neste clube. E olha s, que jogo contra o Grmio, hein? Mineiro lotado. Conseguimos o ttulo. muita emoo. O Roberto Gacho fez o primeiro gol, o Grmio empatou, mas fui l e fiz o gol de cabea do ttulo. Foi muito emocionante. Um abrao a todos. A todos os jogadores que participaram da campanha do ttulo: parabns! Parabns, nao azul. Estamos juntos!” disse Cleisson.