As sete pessoas acusadas pela morte de Diego Maradona foram intimadas, na quarta-feira, a uma instruo de investigao por suposto "assassinato com inteno eventual", crime que inclui de 8 a 25 anos de priso. Entre os acusados esto o neurocirurgio Leopoldo Luque e a psiquiatra Agustina Cosachov.
A Procuradoria-Geral da Repblica de San Isidro (periferia norte de Buenos Aires), a cargo do caso, mudou a capa de homicdio culposo (involuntrio) para homicdio simples com fraude eventual (quando a pessoa no pode ignorar as consequncias de suas aes).
Diego Maradona morreu no dia 25 de novembro, aos 60 anos, em uma casa alugada em um bairro privado ao norte de Buenos Aires, onde se recuperava de uma operao por causa de um hematoma na cabea
No fim do ms ado, um relatrio, feito por uma junta mdica formada por 20 profissionais, concluiu que o capito da seleo argentina campe do mundo no Mxico em 1986 "teria mais chance de sobrevivncia" se tivesse tido uma internao adequada e em um centro de sade polivalente. "Levando em conta o quadro clnico, clnico-psiquitrico e o mal estado geral, deveria ter continuado a sua reabilitao e tratamento interdisciplinar em uma instituio adequada", insistiu a junta.
Os especialistas indicaram que Maradona "no estava em pleno uso de suas faculdades mentais, nem em condies de tomar decises sobre sua sade" no momento em que deixou a clnica de Olivos, onde havia sido submetido a uma cirurgia na cabea. Nos dias anteriores, o ex-astro do Napoli e do Barcelona havia insistido em deixar a clnica e se recusado a ser encaminhado para outro centro de sade, segundo o seu mdico pessoal, Leopoldo Luque, um dos investigados.
Entre as concluses, a banca sustenta que "foram ignorados os sinais de risco de vida que apresentava" e os cuidados de enfermagem nestas ltimas semanas "esto repletos de deficincias e irregularidades" e com falta de exames.
"A equipe mdica assistencial representou plena e cabalmente a possibilidade do desfecho fatal em relao ao paciente, sendo absolutamente indiferente a essa questo, no modificando suas condutas e plano mdico/assistencial traado, mantendo as omisses prejudiciais acima mencionadas, abandonando ' prpria sorte o estado de sade do paciente'", acusam os peritos no relatrio.