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Medo de punição do PCC leva torcedores a buscar fim de brigas em São Paulo 5aj2b

Nessa quarta-feira, Mancha Verde, Torcida Jovem e Independente publicaram notas oficiais proibindo seus membros de se envolverem em confusões 6d5x4k

16/02/2023 13:00 / atualizado em 16/02/2023 14:10
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Jorge Luís, presidente da Mancha, afirmou que tem mantido conversas com outros líderes de organizadas e que eles decidiram que já é hora de buscar a paz
foto: Cesar Greco/Palmeiras

Jorge Luís, presidente da Mancha, afirmou que tem mantido conversas com outros líderes de organizadas e que eles decidiram que já é hora de buscar a paz

 

Uma série de áudios, textos e postagens atribuídos ao Primeiro Comando da Capital (PCC) tomou conta das redes sociais e grupos de WhatsApp de torcidas organizadas de São Paulo nesta quarta-feira (15) e levou torcedores a propor o fim das brigas no futebol paulista.

 

 

 

Nos áudios, torcedores relatam reuniões nas quais integrantes do PCC teriam ordenado o fim da violência no futebol, motivados pela briga entre Mancha Verde e Gaviões da Fiel há uma semana.

 

Na ocasião, dezenas de palmeirenses fizeram uma emboscada contra um ônibus da Gaviões, deixando vários rivais feridos. Entre eles, de acordo com os relatos, haveria ao menos um corintiano ligado ao grupo criminoso.

 

Procurados, a Polícia Civil, o Ministério Público e as lideranças das organizadas não confirmaram a ordem do PCC. Jorge Luís, o presidente da Mancha Verde, negou enfaticamente qualquer contato com a organização.

 

Mas a mera possibilidade da ordem do PCC ser verdadeira já provocou medo em muitos torcedores. Eles agora têm a certeza de que não haverá episódios de violência entre as torcidas paulistas ao menos nas próximas semanas.

 

Corinthians e Palmeiras se enfrentam nesta quinta-feira (16) em Itaquera pelo Campeonato Paulista. O jogo terá torcida única, como ocorre nos clássicos paulistas desde 2016.

 

O que dizem os torcedores que temem o PCC 103p72

 

Em áudios e textos encaminhados com frequência no WhatsApp das torcidas, pessoas não identificadas relatam uma série de reuniões desde a última sexta-feira (11) entre líderes de torcida e membros do PCC.

 

Nessas reuniões, a organização, chamada de "partido", teria demonstrado sua irritação com a última briga entre Mancha e Gaviões e ordenado o fim da violência no futebol paulista, já que um dos envolvidos na confusão seria também integrante do PCC.

 

O PCC é conhecido por dar "salves", ordens que devem ser seguidas por seus membros e mesmo por pessoas de fora da organização. De acordo com um dos áudios, se houver brigas de torcida enquanto o "salve" estiver em vigor, o líder que permitir a violência será punido com morte.

 

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Em entrevista ao UOL, Jorge Luís, presidente da Mancha há dois anos, afirmou que tem mantido conversas com outros líderes de organizadas e que eles decidiram que já é hora de buscar a paz. Ele classificou como boato a suposta ordem do PCC. Veja o que ele disse:

"Nossa diretoria, entre nós mesmo, se reuniu na nossa sede. Conversamos e estamos pregando a nossos associados que não vamos itir cenas de selvageria em campo de futebol."

 

"É um trabalho que a gente iniciou na Mancha e não teve ordem de ninguém."

"Não houve ninguém abaixo de mim, nem vice, nem diretor, nem liderança de bairro, ninguém conversou com crime organizado."

 

Nessa quarta, a Mancha, a Torcida Jovem, do Santos, e a Independente, do São Paulo, publicaram notas oficiais proibindo seus membros de se envolverem em confusões. Procuradas a Jovem e a Gaviões, preferiram não se pronunciar.

 

Já a torcida tricolor postou em seu Instagram: "Em reunião entre nossos líderes, diretoria e conselho, foi determinado que não serão tolerados atos de violência ou covardia entre os integrantes das torcidas. ACABARAM AS BRIGAS, sendo ível de punição e exclusão do quadros de associado".

 

 

 

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