
Dos 21 membros da Galoucura presos por briga no Mineirão, quatro responderão por tentativa de homicídio
Nesta quinta-feira (3/2), em entrevista coletiva, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirmou que os 21 torcedores presos pela briga nas arquibancadas do Mineirão, na partida entre Brasil e Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, pertencem à torcida organizada Galoucura, do Atlético. Quatro deles, incluindo um adolescente de 16 anos e o líder da facção, Josimar Júnior, responderão por tentativa de homicídio pelo espancamento de dois membros da torcida organizada Máfia Azul, do Cruzeiro, no anel superior do estádio. Uma das vítimas, de 31 anos, segue internada em estado grave no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, com traumatismo craniano.
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“Apuramos que a briga ocorreu entre o setor roxo, com membros ou simpatizantes da Galoucura, e o setor amarelo, com membros ou simpatizantes da Máfia Azul. Em determinado momento, eles se provocaram. Pessoas pularam do setor roxo para o setor amarelo, onde estava a torcida organizada vinculada ao Cruzeiro, e começaram uma briga generalizada. Eram cerca de 40 pessoas da torcida vinculada ao Cruzeiro, que se dispersaram. Os torcedores vinculados ao Atlético retornaram ao setor roxo e foram pegos pela Polícia MIlitar”, detalhou a delegada.
Entre os 21 presos da Galoucura, dois eram menores de idade. Os outros 17 torcedores envolvidos, autuados por ‘provocação de tumulto’, já foram liberados e vão responder em liberdade. Dos quatro que seguem detidos, três têm entre 25 e 35 anos – um deles é Josimar Júnior, conhecido como Josias, que se autodeclarou presidente da Galoucura durante os depoimentos, segundo informou a PCMG. O adolescente foi conduzido ao setor de menor infrator.
Entre os 21 presos da Galoucura, dois eram menores de idade. Os outros 17 torcedores envolvidos, autuados por ‘provocação de tumulto’, já foram liberados e vão responder em liberdade. Dos quatro que seguem detidos, três têm entre 25 e 35 anos – um deles é Josimar Júnior, conhecido como Josias, que se autodeclarou presidente da Galoucura durante os depoimentos, segundo informou a PCMG. O adolescente foi conduzido ao setor de menor infrator.
Segundo a PCMG, a investigação será concluída em até dez dias. O Departamento de Operações Especiais (DEOESP) está a cargo do caso. Outras câmeras de segurança do Mineirão serão analisadas para identificar novos suspeitos. As duas pessoas agredidas, de 31 e 33 anos, ainda serão ouvidas pelas autoridades.
Nos próximos dias, os três adultos envolvidos no episódio terão Audiência de Custódia. "Se forem liberados, caberá ao Ministério Público atuar, representando pela prisão preventiva dos indivíduos. Nós, da Polícia Civil, já apresentamos indícios de autoria por parte desses três indivíduos”, disse Felipe Falles, chefe da Divisão Especializada de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente.
Nessa quarta-feira (2/2), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou que vai solicitar ao Mineirão imagens da briga generalizada entre torcedores organizados de Atlético e Cruzeiro para estabelecer eventual punição aos envolvidos.
Uma das linhas de investigação do MP é de que se tratou de uma emboscada organizada pela Galoucura no anel superior para um 'acerto de contas' com alguns diretores da Máfia Azul que acompanham a partida do Brasil contra o Paraguai.
A briga
A briga ocorreu por volta dos dez minutos da etapa inicial da partida vencida pela Seleção Brasileira contra o Paraguai, por 4 a 0. Cadeiras foram arrancadas e atiradas entre os brigões. Houve corre-corre de torcedores comuns que não tinham relação com o confronto. Quando a Polícia Militar chegou à arquibancada para conter a briga, seguranças privados e torcedores apontaram alguns torcedores que deram início à briga generalizada.