CRUZEIRO 100 ANOS
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Cruzeiro 100 anos: Dida, o gigante que fechou o gol em ttulos memorveis 364x4r

Goleiro marcou poca no Cruzeiro com defesas espetaculares e grandes conquistas 23w14

postado em 27/12/2020 06:45 / atualizado em 26/12/2020 16:11


(Foto: Jorge Gontijo/EM/D. A Press)
Nlson de Jesus Silva, o Dida, foi revelado pelo Vitria, mas se consagrou como goleiro do Cruzeiro. Entre 1994 e 1998, fez 306 jogos e ganhou a Copa Libertadores de 1997, a Copa do Brasil de 1996, a Copa Ouro e a Copa Master da Supercopa de 1995 e quatro Campeonatos Mineiros (1994, 1996, 1997 e 1998). O baiano de Irar um dos dolos histricos da Raposa.

Um dos responsveis pelo vice-campeonato brasileiro do rubro-negro baiano em 1993, o arqueiro de 1,96m foi trocado pelo meia Ramon Menezes, revelado na Toca, e logo se destacou com a camisa celeste. A estreia foi em um 4 a 2 sobre o Villa Nova, em 30 de janeiro de 1994, no Mineiro, pelo Campeonato Mineiro.



Dida tinha muita agilidade e uma tcnica apurada. O gigante era exmio pegador de pnaltis. S na primeira temporada pelo Cruzeiro foram duas defesas, uma parando Vern, do Estudiantes-ARG, nas quartas de final da Supercopa da Libertadores, e outra em amistoso contra o Vasco, em So Janurio, cobrado por Yan.

Em 1996, Dida reafirmou sua grande fase com atuaes impecveis, principalmente na Copa do Brasil. No jogo de volta das quartas de final, contra o Corinthians, em So Paulo, por exemplo, pegou pnalti cobrado por Marcelinho Carioca na nica derrota na competio, por 3 a 2 – avanou por ter goleado na ida, em Belo Horizonte, por 4 a 0.

Na final, o adversrio foi o Palmeiras, de selecionveis como Cafu, Clber, Jnior, Flvio Conceio, Rivaldo, Djalminha e Luizo. Depois de 1 a 1 no primeiro jogo, em BH, Dida fechou o gol no Parque Antrctica, em So Paulo, e ajudou a garantir o bi, que veio com gols dos tambm histricos Roberto Gacho e Marcelo Ramos.

“Foi uma das maiores atuaes de um goleiro em jogos decisivos no Brasil”, disse o tcnico Levir Culpi, comandante celeste naquele ttulo.

(Foto: Reprodu


Faltava um ttulo internacional de expresso, e ele veio em 1997, novamente com Dida executando “milagres” debaixo das traves celestes. O time teve dificuldades no incio e sofreu para ar da fase de grupos da Copa Libertadores. Nas oitavas de final, o camisa 1 pegou pnalti cobrado por Chal, do El Nacional-EQU, na disputa no jogo de volta, no Mineiro. J nas semifinais, pegou as penalidades de Basay e Espina, do Colo Colo, em Santiago. E voltou a brilhar na final, fazendo duas defesas milagrosas pouco antes de a bola sobrar para Elivlton marcar o gol da vitria sobre o Sporting Cristal por 1 a 0.

(Foto: Estado de Minas/EM/D. A Press)


“Todo time comea bem por um grande goleiro. Ele era 60% do nosso time. At hoje vejo assim. O Dida foi esse grande goleiro por todo o campeonato. Era complicado fazer gol nele. Claro que no defendia todas, mas teve grande importncia, muito bem treinado, sempre responsvel. Tenho um carinho muito grande por ele, pela pessoa dele, pelo jeito de ser, srio demais. Sou f dele incondicionalmente”, afirmou ao Superesportes, em 2016, o meia Palhinha, camisa 10 daquele time vitorioso.

Em 1998, em grande time do Cruzeiro, Dida foi vice-campeo da Copa do Brasil, do Brasileiro e da Copa Mercosul. Na Srie A, ele terminou como o quarto goleiro menos vazado, com 28 gols sofridos, ajudando a equipe a se classificar em stimo lugar. No segundo jogo das semifinais, impediu a classificao da Portuguesa ao pegar pnalti do artilheiro Leandro – por ter melhor campanha, o time paulista jogava por trs empates ou uma vitria e um empate pela mesma diferena de gols. Dida no conseguiu impedir, porm, que o Cruzeiro fosse batido na final pelo Corinthians, time de melhor campanha, mas apenas no terceiro jogo, depois de dois empates.

A sada acabou sendo conturbada, por uma divergncia com o ento presidente Zez Perrella na discusso do contrato. Dida decidiu entrar na Justia para deixar a Toca da Raposa. Depois de muita disputa, desvinculou-se e atuou por Lugano-SUI, Milan, Corinthians, Portuguesa, Grmio e Internacional, onde encerrou a carreira em 2015.

Um dos reencontros emocionantes com a torcida do Cruzeiro foi em 2013, quando Dida defendia o Grmio. Em jogo realizado em 10 de novembro, o goleiro foi aplaudido de p durante o seu aquecimento pelo clube gacho e teve o nome gritado no Mineiro. Aquele foi o reconhecimento a um dos gigantes que defenderam a meta celeste nestes cem anos.

Pela Seleo Brasileira, Dida fez 91 partidas. Conquistou a Copa do Mundo de 2002, duas Copas das Confederaes (1997 e 2005) e uma Copa Amrica (1999), alm de uma medalha olmpica de bronze (1996).

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