Cruzeiro se tornou um grande ganhador de copas na dcada de 1990 (Foto: Arquivo/EM D.A Press)
O Superesportes dividiu a segunda parte da histria centenria do Cruzeiro em seis tpicos: o perodo de jejum, a "Era Mineiro", a conquista da Amrica, a segunda fase de vacas magras, o surgimento de Ronaldo Fenmeno e a consolidao como clube copeiro.
Depois do tri estadual de 1943, 1944 e 1945, o Cruzeiro amargou 11 anos sem levantar um trofu sequer. Parte desse insucesso atribudo s despesas geradas pela reforma do estdio do Barro Preto. que alm das arquibancadas de cimento, com capacidade para 15 mil torcedores, foram construdas piscinas e quadras de basquete e vlei. O clube investiu toda a verba de 2 milhes de cruzeiros concedida pela Prefeitura.
Os efeitos da crise financeira comearam a ser sentidos em 1949. Conforme o Almanaque do Cruzeiro, muitos atletas no conseguiam viver exclusivamente dos salrios pagos pelo clube: Sinval trabalhava numa camisaria; Geraldo II e Ceci eram pedreiros; Bibi tinha uma fbrica de mveis; Adelino laborava em um indstria de calados; e Nogueirinha usava a fluncia em ingls e italiano como tradutor em uma companhia americana. Somente Ben e Abelardo se sustentavam com a remunerao do futebol.
Em 1952, o Cruzeiro disputou o Campeonato Mineiro com jovens das categorias de base, que foram comandados pelo tcnico Colombo. Uma curiosidade que o goleiro titular, Bernard Claude Billet, nasceu na Frana. No ataque, havia alguns nomes experientes, como o ponta-esquerda Sabu, o centroavante Abelardo, o meia Guerino Isoni e o lateral-direito Adelino. Entre os jovens, destaque para o volante Pampolini (20 anos), que viria a se tornar dolo do Botafogo, e o atacante Raimundinho (19), 11 maior artilheiro celeste, com 114 gols.
Raimundinho surgiu no Cruzeiro num perodo em que o clube no conseguia ganhar ttulos (Foto: Arquivo/Estado de Minas)
O jejum cruzeirense foi encerrado em 1956, em uma edio do estadual na qual o time foi declarado campeo ao lado do maior rival, Atltico, depois de disputas judiciais nos tribunais. O motivo da “briga” era a escalao irregular do zagueiro alvinegro Larcio, que no havia apresentado o certificado de dispensa do Exrcito para poder ser inscrito. O detalhe que a confirmao do ttulo para ambos os clubes ocorreu somente em maro de 1959.
Na prtica, portanto, o Cruzeiro ficou quase 13 anos sem erguer um caneco. O ponto positivo foi para a reorganizao da sade financeira com a criao da nova sede social, que cativou o aumento no nmero de scios, e a pacificao poltica. Dois conselheiros que viriam a se tornar icnicos dirigentes voltaram ao quadro de associados: os ex-presidentes Felcio Brandi e Carmine Furletti. Aos poucos, o clube retomou o caminho das conquistas. O prenncio da mudana de patamar veio em 1959, 1960 e 1961 com o tri consecutivo do Campeonato Mineiro.
A ERA MINEIRO 39386j
Belo Horizonte foi uma das sedes da Copa do Mundo de 1950, que teve o Independncia como palco de uma das maiores zebras de todos os tempos: a vitria dos Estados Unidos por 1 a 0 sobre a Inglaterra. Segundo registros daquela poca, o estdio recebeu 10 mil espectadores. A populao da cidade girava em torno de 352 mil habitantes.
Dez anos mais tarde, em 1960, BH j contava com 693 mil moradores - um aumento de quase 100%. Como o interesse pelo futebol acompanhava o crescimento da capital, o Independncia ficou pequeno para comportar as torcidas de Cruzeiro e Atltico, principalmente nos clssicos. Assim, o Mineiro comeou a sair do papel em fevereiro de 1960 em uma rea “isolada” que pertencia Universidade Federal de Minas Gerais.
Imagem da construo do Mineiro na dcada de 1960 (Foto: Arquivo/Estado de Minas)
Cinco anos depois do pontap inicial, o Mineiro foi inaugurado em 5 de setembro de 1965 com a vitria da Seleo Mineira sobre o River Plate, da Argentina, por 1 a 0. Em 15/9, o Cruzeiro fez o primeiro jogo no estdio, um amistoso contra o Villa Nova, e venceu por 3 a 1. O pblico de 87.901 pagantes proporcionou renda de mais de 92 milhes de cruzeiros - cerca de R$ 2,2 milhes corrigidos pelo ndice Geral de Preos/Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundao Getlio Vargas.
O Mineiro, que comportava cerca de 130 mil espectadores, virou palco de evoluo do futebol no estado. No ano seguinte inaugurao, em 1966, o Cruzeiro fez campanha brilhante na Taa Brasil e se tornou campeo nacional ao bater o Santos na deciso. No jogo de ida, em Belo Horizonte, o time de Tosto, Dirceu Lopes, Natal, Evaldo e companhia deu show para cima de Pel, Pepe, Dorval e Toninho ao fazer 6 a 2. Na volta, no Pacaembu, protagonizou virada heroica e ganhou por 3 a 2.
Festa do Cruzeiro em BH com a conquista da Taa Brasil de 1966 2y602w
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“A conquista da Taa Brasil foi um achado. Ganhamos por 6 a 2 aqui no Mineiro e por 3 a 2 l no Pacaembu, em So Paulo. S um time com aqueles jogadores poderia ganhar do Santos, de Pel, o maior time do mundo na poca. Fui muito feliz em ter feito parte daquela equipe e que at hoje lembrada”, recordou Procpio Cardoso, em matria publicada pelo Superesportes no ltimo dia 30 de dezembro.
Aos 81 anos, o ex-zagueiro muito ativo no Twitter. Conta histrias, interage com seguidores e sempre faz questo de frisar que ensinou o colega de posio William a jogar bola para se casar com sua irm, Mariam, com quem vive at hoje.
Na “Era Mineiro”, o Cruzeiro deixou de ser um time de nvel estadual. Em 1969, terminou o Campeonato Brasileiro como vice-campeo. Em 1974 e 1975, voltou a ficar em segundo lugar. Jogadores do clube aram a ser lembrados com frequncia para a Seleo Brasileira, casos do volante Piazza e do meia-atacante Tosto, titulares na equipe tricampe mundial em 1970.
Cruzeiro goleia Santos por 6 a 2 no jogo de ida da final, em 1966 5w6f60
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A CONQUISTA DA AMRICA 50b25
Embora tenha batido na trave nos Brasileiros da dcada de 1970, o Cruzeiro ganhou o direito de representar o Brasil na Copa Libertadores. Em 1975, foi o primeiro colocado do Grupo 3, desbancando Deportivo Cali, Atltico Nacional e Vasco. No triangular da segunda fase, comeou bem ao vencer os argentinos Rosario Central e Independiente, por 2 a 0. Porm, ao jogar na Argentina, perdeu por 3 a 1 e 3 a 0 e acabou eliminado no saldo de gols. O clube de Avellaneda faturou a sexta de suas sete taas ao ganhar do Unin Espaola, do Chile, na final.
Em 1976, o Cruzeiro se classificou novamente Libertadores. Na estreia, fez 5 a 4 sobre o Internacional em um dos confrontos mais memorveis do estdio. Com campanha quase perfeita em uma chave que contava tambm com os paraguaios Olimpia e Sportivo Luqueo, o time liderou o Grupo 2 com cinco vitrias e um empate.
Na segunda fase, a Raposa obteve 100% de aproveitamento contra LDU, do Equador, e Alianza Lima, do Peru. A trajetria ficou marcada pela morte do atacante Roberto Batata, aos 26 anos, em acidente de carro na BR-381, quando se dirigia a Trs Coraes para buscar a mulher Denise e o filho de 11 meses, Leonardo.
Batata havia feito o 111 gol dele em 290 jogos pelo Cruzeiro na vitria por 4 a 0 sobre o Alianza Lima, no Peru, em 12 de maio. No dia seguinte, ao desembarcar em Belo Horizonte, decidiu conduzir seu Chevette rumo ao Sul de Minas. No quilmetro 182, prximo a Perdes, perdeu o controle da direo, chocou-se com dois caminhes e morreu aps ser arremessado para fora do veculo.
Fotos de Roberto Batata jogando pelo Cruzeiro 322u6y
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Em meio ao luto pela perda de um amigo, os atletas cruzeirenses continuaram de cabea erguida na competio. No reencontro com o Alianza, em 20 de maio, o placar de 7 a 1 coroou um desempenho perfeito e simbolizou a homenagem a Roberto, que costumava usar a camisa 7 (na Libertadores, o nmero era de Jairzinho).
Na final, o Cruzeiro enfrentou o River Plate, da Argentina. No jogo de ida, no Mineiro, ganhou por 4 a 1, com um gol de Nelinho, dois de Palhinha e um de Valdo. Na volta, perdeu por 2 a 1, no Monumental de Nez, em Buenos Aires.
Como o regulamento no previa critrio de desempate por saldo de gols, o terceiro embate foi agendado para 30 de julho, no Estdio Nacional, em Santiago, no Chile. Nelinho, de pnalti, fez 1 a 0 para o Cruzeiro aos 24min do primeiro tempo. Eduardo, aos 10min da etapa final, ampliou para 2 a 0 em um belo chute no ngulo. O River reagiu rapidamente: Oscar Ms, tambm em penalidade, e Urquiza, em chute cruzado, deixaram tudo igual: 2 a 2.
Aos 41min do segundo tempo, Ronaldo Drummond sofreu falta rente meia-lua quando tentou fintar o volante Reinaldo Merlo. Assim foi a narrao transcrita do locutor Vilibaldo Alves, da Rdio Itatiaia.
“Quarenta e dois minutos, restam trs minutos. marcar esse gol, e o Cruzeiro meter a mo no caneco, torcedor do Brasil. Toma posio Nelinho. Agora sim, a barreira atrasa o juiz a autorizar. Nelinho vai tentar o p de chumbo. Ajeitou a bola no terreiro. O juiz autorizou, mas a equipe do River catimba. Nelinho est descansando neste momento, porque agacha e mete a bola no lugar exato. O juiz vai l e mete a bola mais para trs. O jogador argentino reclama e fica na frente da bola. a boa, Nelinho quem tem que bater, tem que se afastar, tomar posio e meter o gringo com bola e tudo para dentro do gol (breve pausa, aps o chute de Joozinho). Aaaaaaadivinhe, Joozinho, pelo amor de Deus, Joozinho, Joozinho, Joozinho… (...)... com a mo de Roberto Batata l no cu, abrace-o aqui na Terra, Joozinho. Neste momento eu me lembro de Roberto Batata. Ele, que tanto lutou nessa Libertadores pelo Cruzeiro… mais um gol que o Brasil est comemorando. Vamos agora esperar, torcedor do Brasil, que o Cruzeiro v e coloque a faixa sobre o tmulo do jogador Roberto Batata. Cruzeiro trs, River dois. O River quer brigar, mas o Cruzeiro ganha no futebol!”.
Festa do Cruzeiro em BH com o ttulo da Libertadores de 1976 423i6g
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Quarenta e quatro anos depois, ainda possvel se surpreender com a travessura de Joozinho, que, como quem no quisesse nada, posicionou-se ao lado de Nelinho, conhecido por ser um dos maiores batedores de falta do futebol. Quando o lateral-direito deu as costas para a bola, o ponta-esquerda, que tinha apenas 22 anos e vestia a camisa nmero 10, acertou o ngulo com uma bela finalizao.
“Todos esperavam que Nelinho fosse cobrar, o goleiro adversrio olhava fixamente para ele. Mas lembrei que no gol de empate deles, os argentinos cobraram rpido, no esperaram o apito. Ento, quando o goleiro (Landaburu) olhou pela ltima vez, fui l e mandei no ngulo”, relembra Joozinho.
Joozinho e os demais campees de 1976 so unnimes na verso de que Zez Moreira, poca um senhor de quase 70 anos, no gostou nada dessa ousadia. O tcnico esteve a ponto de proibir o retorno do atacante com a delegao a Belo Horizonte, mas foi convencido a mudar de ideia pelos jogadores e pelo presidente Felcio Brandi.
No Mundial de Clubes, que ainda era disputado em jogos de ida e volta nos estdios dos clubes participantes, o Cruzeiro perdeu para o Bayern de Munique: derrota por 2 a 0, na Alemanha, e empate por 0 a 0, em Belo Horizonte.
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AS VACAS MAGRAS 474l72
Os anos de 1980 foram de poucas conquistas para o Cruzeiro. Basicamente, o time foi campeo mineiro em 1984 e 1987, alm de ganhar a pouco expressiva Taa Minas Gerais - correspondente ao segundo turno do estadual - em 1982, 1983, 1984 e 1985.
Mesmo no perodo de vacas magras, alguns jogadores foram respeitados pela torcida, como o meia Tosto II, autor de 97 gols em 213 jogos; o zagueiro Geraldo, exmio cobrador de faltas e maior artilheiro da posio de todos os tempos no clube (30 gols); o lateral-direito Balu, Bola de Prata no Brasileiro de 1989; e o atacante Hamilton, que anotou 73 gols em 212 partidas.
Alm disso, o Cruzeiro esteve perto do ttulo nas edies de 1987, quando foi eliminado pelo Internacional na semifinal do Mdulo Verde, e em 1989, dono da terceira melhor pontuao geral - abaixo do campeo, Vasco, e do vice, So Paulo.
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Da mesma forma em que buscou Tosto com apenas 16 anos no Amrica, o Cruzeiro acreditou no talento de Ronaldo. O responsvel por indic-lo ao clube foi o ex-ponta-direita Jairzinho, campeo da Libertadores em 1976 e responsvel pelas categorias de base do So Cristvo, onde o Fenmeno treinava no incio da dcada de 1990.
Em fevereiro de 1993, o Cruzeiro comprou o e de Ronaldo por 25 mil dlares e o registrou como atleta amador na Federao Mineira de Futebol. Em julho, fechou o primeiro contrato profissional aps o atacante se destacar no Campeonato Sul-Americano Sub-17, com oito gols.
Em pouco mais de um ano no grupo principal da Raposa, Ronaldo foi artilheiro da Supercopa de 1993, com oito gols, e do Campeonato Mineiro de 1994, com 22. Ele ainda encerrou o Brasileiro de 1993 com 12 tentos em 14 partidas. No geral, alcanou mdia de 0,96 ao balanar a rede 56 vezes em 58 jogos.
Reserva do Brasil na Copa do Mundo de 1994, Ronaldo foi vendido pelo Cruzeiro ao PSV Eindhoven, da Holanda, por US$ 6 milhes. Na Europa, o craque defendeu Barcelona, Inter de Milo, Real Madrid e Milan, sendo trs vezes eleito o melhor jogador do mundo, alm de contabilizar mais de 300 gols por esses clubes.
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O CLUBE COPEIRO 5a69q
Foi na dcada de 1990 que o Cruzeiro se consolidou como colecionador de copas. Em 1991, veio a primeira Supercopa Libertadores, com vitria sobre o River Plate por 3 a 0, no Mineiro, depois de um revs no primeiro encontro por 2 a 0, na Argentina. Em 1992, o segundo ttulo foi alcanado em cima do tambm argentino Racing: goleada por 4 a 0, em BH, e revs por 1 a 0, em Avellaneda.
Festa do Cruzeiro com o bi da Supercopa de 1992 3f91m
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Em 1993, sob o comando do tcnico Pinheiro, a Raposa faturou a primeira das seis Copas do Brasil superando o Grmio na deciso: empate por 0 a 0, no Olmpico, em Porto Alegre, e vitria por 2 a 1 no Mineiro. Trs anos depois, com Levir Culpi frente do elenco, garantiu o bi do diante de um Palmeiras recheado de estrelas como Djalminha, Rivaldo e Luizo.
“De todas as Copas do Brasil, essa teve um sabor especial e uma emoo muito grande, pois o Brasil inteiro dava o ttulo ao Palmeiras, que realmente tinha uma grande seleo. Mas ns, surpreendentemente, com muita dedicao, garra e tcnica, conquistamos o ttulo l dentro. Ali ca de vez nas graas dos torcedores cruzeirenses”, declarou ao Superesportes o ex-atacante Marcelo Ramos, artilheiro do time na conquista, com sete gols.
Aos 22 anos poca, Marcelo balanou a rede no empate do Cruzeiro no Mineiro, por 1 a 1, com um cabeceio forte no canto direito de Velloso. Na volta, aproveitou-se de falha do camisa 1 palmeirense em lanamento de Roberto Gacho e anotou o tento da virada por 2 a 1, no estdio Palestra Itlia, em So Paulo.
Festa do Cruzeiro em SP e BH com o ttulo da Copa do Brasil de 1996 1o652g
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Com o ttulo da Copa do Brasil, o Cruzeiro participou da Copa Libertadores de 1997. O incio foi bastante complicado, com derrotas para Grmio (2 a 1), no Mineiro, e os peruanos Alianza Lima e Sporting Cristal, fora de casa, por 1 a 0. Houve mudana no comando: Oscar saiu para a entrada de Paulo Autuori. De astral renovado, o time se recuperou no returno da chave e bateu Grmio (1 a 0), Alianza (2 a 0) e Sporting (2 a 1).
Nas oitavas de final, o Cruzeiro ganhou nos pnaltis por 5 a 3 do El Nacional (derrota fora, por 1 a 0, e vitria em casa, por 2 a 1). Nas quartas, eliminou o Grmio com 3 a 2 no placar agregado (2 a 0, em BH, e 1 a 2, em Porto Alegre). Nas semifinais, voltou a depender das penalidades mximas contra o Colo Colo: 4 a 1 (vitria em BH, por 1 a 0, e revs no Chile, por 3 a 2).
Na deciso, o Cruzeiro segurou empate por 0 a 0 com o Sporting Cristal em Lima, no Peru, e venceu na volta por 1 a 0, em Belo Horizonte. O meia-atacante Elivlton marcou o gol do ttulo aos 30 minutos do segundo tempo com um chute rasteiro da entrada da rea. O goleiro Balerio falhou no lance.
Fotos da campanha do Cruzeiro na Libertadores de 1997 3q4g1m
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A vitria na Libertadores credenciou o Cruzeiro a participar de mais duas competies internacionais. No Mundial de Clubes, em dezembro de 1997, perdeu por 2 a 0 para o Borussia Dortmund, da Alemanha. J na Recopa Sul-Americana de 1998 (disputada entre agosto e setembro de 1999), ou fcil pelo River Plate com vitrias por 2 a 0 e 3 a 0.
Em 2000, o Cruzeiro fechou parceria com o fundo americano Hicks Muse e pde investir em contrataes de jogadores renomados, como o lateral-esquerdo argentino Sorn, os laterais-direitos Rodrigo e Z Maria, o zagueiro Clebo, os meias Jackson e Viveros e o atacante Osas. Esses reforos se juntaram a Ricardinho, Marcos Paulo, Fbio Jnior, Mller, Geovanni, Cris e Andr e se sagraram campees invictos da Copa do Brasil. O tcnico era Marco Aurlio.
Com oito vitrias e cinco empates ao longo do torneio, o Cruzeiro colocou as duas mos no trofu ao superar o So Paulo por 2 a 1, na noite de 13 de julho (domingo), com mais de 85 mil torcedores no Mineiro. O lance que no sai da cabea dos torcedores o gol de Geovanni, aos 43 minutos do segundo tempo, em cobrana de falta da meia-lua. O camisa 11 sofreu a infrao aps ganhar na corrida do zagueiro Rogrio Pinheiro, que no alcanou o e mal executado pelo volante Axel. Aconselhado por Mller, ele arrematou por baixo da barreira tricolor, que se desequilibrou com a trombada de Donizete Oliveira.
Em 2001 e 2002, as duas Copas Sul-Minas aumentaram a galeria de trofus do Cruzeiro. O segundo ttulo ficou marcado pela despedida do lateral-esquerdo Sorn, vendido Lazio, da Itlia. Ele marcou o gol da vitria sobre o Athletico-PR, por 1 a 0, no duelo de volta da final, e no segurou as lgrimas ao declarar amor ao clube. O Mineiro recebeu mais de 70 mil torcedores naquela ocasio.