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Heleno de Freitas
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A glria 5cy3q

Heleno no dava sossego aos adversrios e nem aos companheiros 6i3e6o

Publicao: 526f5d

12/02/2012 06:00

Atualizao: 1w1969

10/02/2012 22:27

Acervo Estado de Minas - O Cruzeiro
Heleno de Freitas no Copacabana Palace; jogador viveu grandes dias no Rio de Janeiro


Renan Damasceno - Estado de Minas


Desde cedo, Heleno de Freitas recebia tratamento de prncipe. Quarto filho de uma famlia de seis irmos – Marina, Rmulo, Heraldo, Oscar, ele e a caula, Vera –, nasceu em 12 de fevereiro de 1920. O pai, Oscar de Freitas, negociava caf e era um dos donos da Casa Americana, bazar de secos e molhados no Centro de So Joo Nepomuceno. A me, Maria Rita de Freitas, a dona Miquinha, professora, cuidava para que as vontades dos os filhos fossem prontamente atendidas.

Para segurar o mpeto do mais novo dos homens, Heraldo o levava aos treinos do Mangueira, clube local. Para o menino de apenas 7 anos, cada pelada era final de campeonato. “Fizemos o terceiro ano de grupo juntos em 1928, no Coronel Jos Braz. Jogvamos bola no ptio e o Heleno de vez em quando perdia as estribeiras se o companheiro errasse”, lembra Isautino Alves, o Tininho, de 94 anos.

A infncia tranquila, porm, s durou 11 anos. Em 1931 Oscar morreu, de pneumonia, e dois anos depois dona Miquinha decidiu levar a famlia para o Rio. Os Freitas se instalaram no Edifcio Serrano, Rua Lafayette, 29, em Copacabana, de onde Heleno seguia a p at o Posto 4 para ver os treinos do Posto 4 F.C., do tcnico Nenm Prancha. Em pouco tempo, tornou-se destaque do time.

Levado por Nenm Prancha a General Severiano com 15 anos, Heleno ou a ver de perto astros como Carvalho Leite – a quem sucederia – e Lenidas da Silva – de quem herdaria vaga no ataque da Seleo. No ano seguinte, com o fim do departamento de menores do Botafogo, foi treinar no Fluminense, mas desentendimentos com treinadores o impediram de continuar nas Laranjeiras.
Acervo Estado de Minas - O Cruzeiro
Bons tempos de Botafogo


Em 1939, convencido pelo ex-companheiro de Posto 4 Joo Saldanha, retornou ao alvinegro. No tardou a se tornar o centro das atenes, ainda mais depois de comprar um Chrysler ltimo tipo. Mesmo se o treino fosse s 7h, chegava com cabelos penteados e ternos impecveis. Tudo isso numa poca em que a maioria dos jogadores vivia na penria e o futebol engatinhava no profissionalismo.

Logo na estreia do Carioca de 1940, marcou os gols da vitria por 2 a 0 sobre o So Cristvo. Com o mineiro Geninho, contratado ao Palestra Itlia (futuro Cruzeiro), formaria afinada dupla. Na temporada seguinte fez 30 gols em 37 jogos e no Carioca de 1942 foi artilheiro com 28. No auge da forma, em 1944, ao chegar Seleo na vaga deixada por Lenidas, recebeu o apelido de Diamante Branco. “Era um artista jogando: driblava com esmero, corria em gestos perfeitos. Enriquecia o futebol com melodias corporais de raro efeito. Poucos craques na histria do futebol conseguiram ou conseguiro jogar to bem de cabea quanto ele”, escreveu o jornalista Armando Nogueira.

Por sete anos, Heleno foi a estrela do Botafogo, em carreira marcada por excessos. medida que se descontrolava, dentro e fora de campo, o jejum de ttulos se prolongava. Ao assumir a presidncia em 1948, Carlito Rocha recebeu um aviso do tcnico uruguaio Ondino Vieira, de sada do clube e substitudo pelo estreante Zez Moreira: o time no era campeo por causa de Heleno. O dirigente no hesitou em apressar a sada do craque-gal.

EXLIO AO SOM DE TANGO

Acervo Estado de Minas - O Cruzeiro
Chegada ao Boca Juniors
Heleno foi vendido ao Boca Juniors no incio de 1948, at ento na maior transao do futebol sul-americano: 600 mil cruzeiros (hoje o equivalente a R$ 197 mil). Desembarcou em Buenos Aires como esperana de um time em crise. Mas se no Brasil os delizes eram perdoados, os argentinos reagiram duramente. Em pouco tempo o craque j estava brigado com o grupo, inclusive o atacante brasileiro Yeso Amalfi, de quem havia ficado amigo, e a estrela do futebol nacional, Mario Boy.

Ainda em 1948, casou-se no Rio com Ilma. Com ela, desembarcou em Buenos Aires para tentar reconquistar a torcida do Boca, mas, 17 jogos e apenas sete gols depois, retornou ao Brasil e foi desdenhado pelo Botafogo, que voltou a ser campeo. Em 1949, pelo Vasco, conquistou seu nico Carioca. Expulso logo na estreia, no deixou saudades. Indignado com a reserva, invadiu um treino armado para tirar satisfao com Flvio Costa, tcnico tambm da Seleo. Pagou caro: ficou fora da Copa de 1950.

Heleno partiu para o Eldorado colombiano. No Atltico de Barranquilla, encantou jovem jornalista que havia tentado em vo ser goleiro: Gabriel Garca Mrquez, reprter do El Heraldo, que 30 anos mais tarde ganharia o Nobel de Literatura. Torrou tudo o que recebeu, voltou ao Rio decadente, com os nervos minados, e acertou com o Amrica-RJ. Em 4 de novembro de 1951, atuou pela nica vez no Maracan. Ao receber e errado, irritou-se e no se esforou mais. “Papai foi ao Maracan e quando viu tio Heleno parado no meio-campo, olhando para a arquibancada, completamente fora de si, viu que no dava mais para ele”, conta Helenize de Freitas, filha de Heraldo. O camisa 9 foi expulso aos 25min de jogo. O palco era grande demais, profissional demais para sua alma amadora.

GOLEADOR

Botafogo (1940-47) 235 jogos 206 gols
Boca Juniors (1948) 17 jogos 7 gols
Vasco (1949) 24 jogos 19 gols
A. de Barranquilla (1950-51) *
Amrica (1951) 1 jogo nenhum gol
Seleo Brasileira (1944-48) 18 jogos 14 gols

* No h dados oficiais disponveis

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